Emissão em Português   Vasco, Celeste e Zeca Afonso: vozes da Revolução dos Cravos 25/04/2024 31:06

Em 25 de abril de 1974, o regime autoritário de Antonio Salazar em Portugal foi derrubado pelo levante pacífico do exército português, que se opunha às guerras imperialistas nas colônias de Angola e Moçambique. As baixas patentes das Forças Armadas portuguesas tomaram uma emissora de rádio e colocaram em prática a revolução pela liberdade na noite de 24 de abril, como relata o ex-militar português Vasco Lourenço, um dos idealizadores do Abril de 1974. Um pouco antes da meia-noite, os soldados emitiram 'E depois do Adeus', de Paulo de Carvalho. Era o primeiro sinal ou senha para o exército começar o Golpe de Estado que tiraria o ditador Salazar do poder, explica Lourenço, que hoje preside a 'Associação 25 de Abril'. Já na madrugada do dia 25, com os soldados nas ruas, 'Grândola, Vila Morena', do cantor José Afonso, começou a soar. Era um aviso de que os militares seguiam com o plano e, portanto, o anúncio do começo da liberdade, emitido para todo o país. Este é um programa especial sobre esse momento histórico para as democracias europeias conhecido como a Revolução dos Cravos, que recebeu este nome graças a que Celeste Caeiro entregasse cravos, despretensiosamente, aos soldados revolucionários. Conversamos com a escritora Teresa Moure, autora de 'A Balada do Desterro'. Ilustrado por Maria João Worm, o livro retrata vida e obra, luzes e sombras, de José Afonso – um dos artistas mais relevantes de Portugal durante a época salazarista. "O povo é quem mais ordena", cantava Zeca Afonso, que se tornou um símbolo da revolução e da própria democracia, tanto em Portugal quanto na Galícia.

Emissão em Português
Más opciones