Na Espanha, durante décadas, milhares de bebês foram raptados e afastados de suas mães republicanas, logo após o parto, e entregues como filhos biológicos a outras famílias. As crianças roubadas pelo franquismo é um episódio pouco conhecido da história recente da Espanha, que só começou a ser investigado faz pouco tempo, com poucos avanços. 1.500 casos denunciados, tres túmulos vazios e nenhum acusado. Esse é o balanço de um ano de investigação sobre o roubo de bebês cometido na Espanha em meio século, desde os anos 40 até os 90. Um dos promotores citados numa reportagem publicada no jornal El País afirma que as provas são poucas para incriminar os culpados. O caso dos roubos de bebês continua portanto a ser uma ferida aberta na memória histórica espanhola. Além da falta de provas, o país também enfrenta setores da ultradireita que se negam a investigar os crimes cometidos durante a ditadura de Franco. Um exemplo dessa resistência é o julgamento do juiz Baltasar Garzón, que se sentou no banco dos réus, entre outras acusações, por supostamente ter forçado a abertura de um processo sobre o desaparecimento de 114 mil pessoas durante o regime do general. Priscila Guilayn trata dessa questão com a ajuda de pesquisadores. Depois, Rita Siriaka traz informação e música de Ojos de Brujo. Com sete discos gravados, a banda espanhola que não é flamenca mas que ganhou um Grammy nesta categoria, começou cantando sem compromisso pelas ruas de Barcelona e depois de mais de dez anos na estrada se apresentou em vários países do mundo, como na turnê de seu último trabalho, Corriente Vital.
