Fernando Pessoa é mais que o poeta português de óculos, chapéu e cara de funcionário público, é outra coisa além dos mais de cem heterônimos, essas personagens fictícias que ele mesmo inventou. Tímido e ao mesmo tempo extravagante, Pessoa foi um fracassado durante a vida e, até certo ponto, foi rejeitado pela família. Também era um pouco louco, mas foi, sem dúvida, uma pessoa fascinante; tão interessante, que fez com que o escritor e politólogo espanhol Carlos Taibo se debruçasse sobre a sua biografia. O professor de Ciência Política e da Administração na Universidad Autónoma de Madrid é o autor de "Parecia Não Pisar o Chão". O livro contém 13 ensaios sobre as vidas de Fernando Pessoa que tentam desemaranhar o homem e o escritor que causam tanto deslumbramento. Conversamos com Taibo, que apesar de ter nascido em Madri tem uma relação profunda com a Galícia e, naturalmente, com Portugal. A conversa aconteceu na sequência da palestra "Quem foi Fernando Pessoa" na escola A Casinha Portuguesa.
Ele esteve há menos de meio ano em Madri, onde atuou com a orquestra e o coro da Radio Televisión Española (RTVE). Mas Paulo Ferreira já passou várias vezes por palcos da Espanha. O tenor luso, de 44 anos, conta à Emissão em Português que ser músico em Portugal não é fácil. Porém, a valorização que nem sempre teve no país natal, acabou por surgir fora de portas e o cantor de ópera já levou a sua voz a diversos países da Europa. Foi a partir de 2011 que a sua carreira começou a decolar e que ele passou a ter uma agenda mais apertada. Nesta entrevista a Joana Dias, Paulo Ferreira fala do seu percurso, dos seus objetivos, do seu desejo de visitar o Brasil e compara Portugal e Espanha.
