Uma democracia frágil e a tradição pouco democrática do Partido Colorado - na oposição e sempre resistente aos movimentos sociais - resumem o processo de impeachment do presidente Fernando Lugo, há uma semana, no Paraguai. Além disso, o ex-bispo também não contava com muitos apoios no Parlamento e ainda foi alvo de escândalos envolvendo denúncias de paternidade. Após ser destituído, Lugo afirmou que aqueles que o tiraram do poder "serão os responsáveis pela miséria" e "pela volta da ditadura" no país. Agora, surgem diversas incógnitas sobre o que pode acontecer, política, social e economicamente no Paraguai. Conversamos com Alberto Moby Ribeiro da Silva, doutor em História Social pela Universidade Federal Fluminense, professor da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro e um estudioso da história do Paraguai.
