Emissão em Português   Emissão em Português - 15/08/12 15/08/2012 29:22

O giro à direita na política espanhola trouxe diferentes retrocessos sociais. Muitos são consequência do plano de austeridade e incluem as reformas fiscais e trabalhista e, mais recentemente, a do sistema de saúde. O executivo de Mariano Rajoy prepara, ainda, mudanças legislativas que parte da população denuncia como um retorno ao passado. Uma das mais polêmicas é a que incidirá sobre o aborto. O governo conservador quer modificar nos próximos meses a lei de prazos. Ela foi aprovada pelo governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero em julho de 2010 e permite a interrupção da gestação até a 14ª semana em caso de violação, de malformação do feto e de perigo físico e psíquico para a vida da mãe. Agora, o atual ministro da Justiça, Alberto Ruiz-Gallardón, quer estabelecer uma única hipótese para o aborto, a do dano psicológico para a mulher. Essa posição provocou imediatamente reações de associações feministas e de coletivos de mães que sofreram gestações e partos dramáticos em casos de malformação. Por enquanto, Gallardón tem sido genérico e ambíguo. Ainda não definiu os prazos e nem se o médico que intervirá será do sistema público, com todas as garantias da saúde estatal, ou privado, o que seria uma espécie de privatização do aborto e remeteria as afetadas aos tempos em que precisavam peregrinar em busca das clínicas especializadas mais permissivas. Michelly Teixeira é quem nos ajuda a entender melhor esta questão.

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