Álvaro Siza Vieira é um dos mestres da arquitetura portuguesa. Admirador dos brasileiros Oscar Niemeyer e Lucio Costa, assim como eles bebeu da mesma fonte, o francês Le Corbusier. Aos 79 anos de idade, continua a desenvolver novos projetos e a aumentar sua coletânea de prêmios. O criador do projeto da Fundação Iberê Camargo, na cidade brasileira de Porto Alegre, recebe, no final deste mês de agosto, o Leão de Ouro na Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza. Será mais uma distinção e desta vez por toda a sua obra. Outro reconhecimento será sua presença no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. O MoMA comprou três projetos de Álvaro Siza, que será o primeiro arquiteto português a ser representado numa coleção que tem privilegiado sobretudo arquitetos norte-americanos ou com obra nos Estados Unidos. As aquisições consistem em projetos de início de carreira, mas também em uma maquete de uma obra mais recente, o Iberê Camargo, que para a curadoria da pinacoteca nova-iorquina representa a "maturidade total do estilo pessoal" de Siza, "bem como na arquitetura do século XXI em geral". E entre um compromisso e outro, como a participação no "Congreso Internacional de Arquitetura Lo Común", recentemente realizado em Pamplona, na Espanha, Álvaro Siza conversa com esta emissão.
