O governo da Espanha tem dificuldade em pronunciar a temida palavra resgate. Nem mesmo a ajuda financeira internacional à recapitalização dos bancos espanhóis tem sido muito falada, assim como seus detalhes ainda não foram revelados. Apesar da tentativa de tranquilizar mercados e espanhóis, o governo não impede que a população, pouco a pouco, vá se confrontando com as exigências do socorro bancário. Na última sexta-feira, o Fundo Monetário Internacional indicou o que a Espanha deve fazer para sair da crise, o que faz supor que a instituição já está esclarecendo as condições do resgate aos bancos. Por outro lado, os partidos da oposição na Espanha cobram do governo que explique como impedir que a ajuda do Banco Central Europeu no combate à dívida privada não engorde a dívida pública. O editor de economia da Radio Nacional de España, Armando López, diz que a fórmula é separar o Estado das instituições bancárias. Nossa colega Joana de Sousa Dias conversa com ele e traz algumas de suas considerações a respeito do resgate e da economia espanhola. / O serviço consular brasileiro em Barcelona é deficitário. Existe fila para tudo e ela anda muito devagar. O número de funcionários é reduzido, ao mesmo tempo em que cresce a demanda. A procura se disparou com o retorno dos brasileiros e com o aumento da chegada de espanhóis ao Brasil. E, para piorar, os servidores do serviço exterior brasileiro estão em greve, pedindo melhores salários. Apesar da paralisação, o consulado de Barcelona continua emitindo documentos e atendendo os agendamentos, mas reconhece atrasos. A pergunta que fazemos é: se o serviço já era deficiente, como é que está agora? Michelly Teixeira nos explica com depoimentos de brasileiros e da própria repartição consular como é que a situação chegou a esse limite.
