Em janeiro, a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) comemorou três anos de representação em Portugal. O país é membro da OEI desde 2002, mas só em 2017 a cooperação foi reforçada com a abertura da representação em Lisboa, o primeiro escritório na Europa, depois da sede em Madri. Ana Paula Laborinho, diretora do escritório português, explica que o papel da organização em Portugal passa por reforçar o bilinguismo e a internacionalização do português e do espanhol, a ligação com a América Latina e com a CPLP, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Em entrevista à jornalista Sara de Melo Rocha, ela considera que os idiomas português e espanhol podem ser veículos da recuperação econômica no período pós-pandemia.
O lítio é uma das grandes apostas de Portugal e da Espanha no plano de recuperação da economia pós-pandemia. Os dois países têm as maiores minas da Europa. É um dos materiais mais promissores para o desenvolvimento dos carros elétricos, assim como para muitos dispositivos eletrônicos que usamos no nosso dia a dia, como os celulares e os computadores. A questão que se coloca é: haverá lítio suficiente na Península Ibérica para atrair as grandes empresas tecnológicas? E há mais vantagens ou desvantagens na exploração deste material? Perguntas que a jornalista Liliana Costa tenta responder conversando com Senentxu Lanceros-Mendez, diretor científico do Centro Basco de Materiais, professor associado da Universidade do Minho, em Portugal, especialista em baterias e tecnologias de carregamento.
