Queixas de abuso policial em Portugal

Hoje, falamos de racismo em Portugal e na Europa. A onda de contestação contra o racismo desencadeada pelos protestos norte-americanos depois da morte de George Floyd também chegou a Portugal e levou milhares de pessoas a pedirem igualdade nos direitos civis para todos os cidadãos. Uma pesquisadora espanhola, que estuda as diferenças raciais em Portugal, está contribuindo para o debate, depois de revelar que, em dez anos, nenhum policial foi condenado por racismo no país. O projeto de pesquisa do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra analisou casos de queixas por racismo praticado por membros das forças de segurança em Portugal e conclui que há negligência na investigação. Grande parte das reclamações são arquivadas e as queixas por racismo são desvalorizadas, apesar da apresentação de provas. A jornalista Sara de Melo Rocha conversa com a investigadora espanhola responsável pelo projeto da Universidade de Coimbra em Portugal.
A pauta do racismo ganhou relevância entre a sociedade civil, em várias partes do mundo. No Brasil, essa questão também vem sendo discutida com mais ênfase, junto com o debate a respeito da política. São cada vez mais numerosos os eleitores arrependidos, que apostaram no governo de Jair Bolsonaro como a solução para os problemas estruturais do país, como a corrupção. No entanto, o presidente não tem se mostrado capaz de enfrentá-los, como também tem sido citado em escândalos e em investigações envolvendo a sua família, assim como tem tomado decisões políticas que polarizam ainda mais a sociedade brasileira. Na Espanha, existem brasileiros engajados na luta a favor da democarcia e contra a forma do governo de enfrentar a pandemia de coronavírus. Nesta tarde, os Coletivos pelos Direitos no Brasil e a Associação Cultural Brasileira Maloka se manifestam na frente da Embaixada do Brasil em Madri. Rose, da Associação Maloka, explica como vai ser esse protesto.