Seara remete ao campo, à plantação e também a um grupo de pessoas unidas em torno a um benefício em comum. É nesse sentido que nasce Seara, um novo espaço sociocultural em Madri. Ele é o resultado da união de sete jovens que realizam atividades com um caráter multidisciplinar, entre eles três brasileiros. Caio Camargo é um dos criadores do espaço e, junto com a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Kelly Ludkiewicz Alves, eles organizaram a projeção do filme Maré. A atividade é uma extensão na Espanha do projeto 'Cineclube Vesúvio' e serviu para fazer a pré-inauguração do Seara. Nós estivemos lá.
'Apiyemiyekî?', que significa "por quê?" na linguagem do Waimiri-Atroari, um povo nativo da Amazônia brasileira, é o filme da realizadora Ana Vaz, que está neste momento na Berliane, o festival internacional de cinema de Berlim, e segue depois para o Punto de Vista, o festival internacional de documentário de Navarra. Uma coprodução entre Brasil, França, Holanda e Portugal. O filme foi realizado no âmbito da exposição 'Meta-Arquivo 1964-1985: Espaço de Escuta e Leitura das Histórias da Ditadura Militar no Brasil', que juntou uma série de obras inéditas dedicadas à construção de uma cosmologia crítica desse período. É um retrato cinematográfico que parte do arquivo de Egydio Schwade, educador brasileiro e militante pelos direitos dos povos indígenas. A artista e cineasta brasileira teve, entre os meses de julho e outubro do ano passado, uma exposição no espaço Matadero, em Madri, inserido no programa 'Profundidad de Campo'. Ana Vaz fala, em entrevista a Joana Dias, sobre esta mostra e sobre sua presença na Berlinale.
