O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugurou uma exposição dedicada à obra experimental do artista Hélio Oiticica, tendo em vista a relação dele com a dança, a música, o ritmo e a cultura popular brasileira. Os co-diretores do MAM, o espanhol Pablo Lafuente e a carioca Keyna Eleison, criaram para a exposição 'Hélio Oiticica: a dança na minha experiência' um programa cultural em que a escola de samba Mangueira, na qual Oiticica chegou a sair como passista, será a protagonista durante os primeiros três meses de 2021. Isso acontece justamente no ano em que os desfiles no Sambódromo foram adiados por conta da pandemia do coronavírus. Porém, a razão mais profunda dessa escolha é a vontade de reparar um fato histórico. Quando Oiticica inaugurou a exposição sobre a Mangueira nos anos 60, a direção do MAM daquela época não deixou que os passistas e ritmistas da escola entrassem na pinacoteca, obrigando-os a se apresentarem do lado de fora do prédio. A nossa repórter Valeria Saccone conversa com Pablo Lafuente.
