Arca e o universo LGBTQIA+ na música

A quantidade de artistas que representam a comunidade LGBTQIA+ é crescente e um sintoma de que o mundo está mudando e só não vê quem não quer. No Brasil, temos Linn da Quebrada, Liniker, Filipe Catto, Johnny Hooker, Jaloo, Pablo Vittar, entre outros. Eles não só visibilizam o seu discurdo não-binário e questionam as diversas expressões de gênero, como transformam isso em arte. É através da música que eles nos convidam a enxergar o outro do jeito que ele quer ser reconhecido e a desconstruir os discursos tradicionais de gênero, que colocam as pessoas em caixinhas. Na Espanha, desde a volta da democracia, os homossexuais e trans transitam sem problemas e com bastante visibilidade na política, nas artes, nos esportes e na tevê, mas, esteticamente falando, não existem nomes de peso na música que tenham uma proposta visual ousada ou provocadora. Quem está chamando a atenção é Arca, cantora, compositora, produtora e DJ venezuelana de vanguarda, que assumiu Barcelona como lar e lançou no final de junho o seu novo disco.