Percurso do reinado de Juan Carlos I

Foi no início deste mês de junho que Don Juan Carlos, antigo rei da Espanha, decidiu retirar-se da vida pública. Uma decisão tomada cinco anos depois de abdicar do trono para poder passá-lo ao seu filho Felipe de Borbón. Atualmente com 81 anos, o monarca esteve à frente da coroa espanhola durante cerca de 40 anos, sendo conhecido por ajudar a restituir e preservar a democracia num país recém saído da ditadura franquista. Esta decisão, comunicada no dia 2 de junho, não significa que Juan Carlos deixe de aparecer publicamente, apenas que ele deixou de ter obrigações nesse sentido. A jornalista Joana Dias recorda os momentos que marcaram o seu percurso como rei da Espanha.
Federico García Lorca foi uma das vítimas dos franquistas, mas não foi o único poeta assassinado pelos fascistas. Miguel Hernández, que de pastor de cabras se transformou em poeta-militante, escreveu seus últimos versos na prisão, antes de morrer com apenas 31 anos de idade por complicações derivadas da tuberculose. Como o chileno Pablo Neruda defendia, "recordar Miguel Hernández, que desapareceu na oscuridão, e recordá-lo em plena luz, é um dever da Espanha, um dever de amor". No entanto, uma decisão da Universidade de Alicante, na província na qual o poeta nasceu, dificulta o trabalho de recuperação da memória de Hernández. Aproveitamos para recuperar a figura de Miguel Hernández, um dos mais importantes poetas da literatura espanhola do século XX.