Jessé Andarilho lança 'Fiel' na Espanha

Jessé Andarilho foi criado em Antares, um conjunto de casas populares construído no início da década de 70 na zona oeste do Rio de Janeiro, uma área dominada primeiro pelo tráfico e agora pelas milícias. Até os 24 anos, ele nunca tinha lido um livro inteiro porque não se sentia identificado com os textos propostos pelos professores da escola. Seu interesse pela literatura começou por acaso, quando mergulhou no livro ‘Zona de Guerra’, de Marcos Lopes. ‘Fiel’, sua primeira obra, foi escrita nas horas vagas que passava no trem até chegar no trabalho, usando uma Blackberry. O livro acaba de ser traduzido para o espanhol e Jessé está agora nos preparativos de uma viagem internacional para a Espanha. Nossa repórter Valeria Saccone conversa com ele na véspera dessa viagem que o trará a Madri, Barcelona, Granada e Almería.
Conversamos com Mafalda Ramos, uma arqueóloga portuguesa que mora há cinco anos no Brasil. Ela participou há algumas semanas em Madri da inauguração da réplica da gruta Kamukuwaká, que originalmente é situada no Estado do Mato Grosso, na Bacia Amazônica. Ela é considerada sagrada e de grande importância histórica e espiritual para as onze etnias indígenas que vivem no Alto Xingu e em Madri a réplica está na Fundação Factum, que conta com o apoio da Ong britância People's Palace Projects. Mafalda, que trabalha diretamente com as tribos que habitam o território do Alto Xingu, conta como está sendo a sua experiência no Brasil e também fala sobre on potencial arqueológico do país e os vestígios dos povos que o habitaram antes da chegada dos europeus.