Assinalou-se no dia 5 de maio o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP. Um dia que, nas palavras da sua diretora-geral, celebra "o que nos junta, o passado histórico e a língua, mas também a diversidade de culturas". A CPLP é a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa que junta, entre outros, Portugal e Brasil, Angola ou Moçambique. Esta data valeu um discurso de António Guterres, em português, nos Jardins das Nações Unidas, em Nova Iorque. O secretário-geral da ONU destacou a importância da diversidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Nossa repórter Joana Dias entrevista a cabo-verdiana Georgina de Mello, diretora-geral da CPLP há quatro anos.
Tatiana Matzenbacher é professora de língua portuguesa na Sorbonne Paris 3 e seu doutorado na Paris 8 trata do ensino das distintas variantes da língua. Na Sorbonne, assim como na maioria das universidades europeias, há sempre dois cursos para o português, um dirigido ao falar brasileiro e o outro, ao português europeu. Quais são as consequências desta fragmentação? A acadêmica, que participou em Barcelona do Encontro de Professores de Língua Portuguesa, suas Literaturas e Culturas (Epllic), conversa com Michelly Teixeira sobre os esforços de unificação que já existem em nível diplomático, mas precisam chegar às instituições de ensino. Ela também comenta que falta ao Brasil conhecer a cultura dos demais países lusófonos, inclusive Portugal, e diz que o país europeu continua fechado às novas aportações linguísticas dos demais países onde se fala o português.
