Filipe Catto vem aos nossos estúdios antes do show que vai dar na Casa de América de Madri, dentro do festival América Late. O cantor e compositor gaúcho vem falar de música e da atualidade brasileira. São deles as seguintes afirmações: "Por que as pessoas saem da faculdade com diploma e não conseguem ter discernimento para entender o que é democracia e o que é fascismo? Isso é uma questão de valores muito perversa. O Brasil tem um culto à casta, um ódio ao pobre, porque a gente está o tempo todo tentando diminuir alguém para se autoafirmar. A cena queer do Brasil é muito relevante na música, não é um como se fosse gueto dentro de um lugar underground que não se comunica com o mainstream. Pela internet, os artistas novos e inovadores começam a ganhar público. Essa desconstrução, esse discurso não é uma ilusão, por isso está sendo tão incômodo para os fascistas olhar para isso. Porque a nossa geração e os jovens estão se levantando e se colocando. É engraçado que a gente viva num mundo que exista Pabllo Vittar e exista o fascismo. Acho até natural, porque olha só quantas conquistas a gente está tendo! As pessoas estão morrendo de raiva disso, elas odeiam ter que ligar a TV e ver uma bixa cantando. Elas acham que isso vai transformar as cabeças das peossoas, quando na verdade é só um artista se expresando." Enfim, conferimos na entrevista.
