Pequeno caminho luminoso é o seu nome indígena. Ládio Veron é o outro. A aldeia de Ládio fica no Mato Grosso do Sul, onde os Guarani-Kaiowás lutam há mais de cinco séculos pelo direito à vida digna e por suas terras ancestrais. No entanto, eles continuam sendo assassinados por resistir às condições precárias em que vivem, confinados em pequenos espaços de suas terras tradicionais. O agronegócio os expulsa sistematicamente e o governo brasileiro é, no mínimo, omisso. O caso do cacique exemplifica as violações que as comunidades Guarani-Kaiowás sofrem diariamente. O pai de Ládio Veron foi assassinado na frente dele em 2003, enquanto ele, a esposa, os filhos, o sobrinho e a cunhada eram torturados. Ládio quase morreu queimado. Agora, ele começa em Madri a sua nova missão: pedir apoio internacional para acabar com o genocídio dessa etnia indígena. A missão vai passar por 12 países europeus e terminará em junho. Nós conversamos com ele a respeito da situação dos Guarani-Kaiowás, mas sobretudo falamos sobre os direitos humanos fundamentais.
