Adolfo Suárez foi o primeiro chefe de governo após quatro longas décadas de ditadura franquista. Esta é uma razão suficientemente forte para que ele seja considerado um dos principais símbolos da transição ou até mesmo o homem que encarnou a democracia na Espanha, mas não é o único motivo. A passagem da ditadura ao estado democrático não foi simples. A gestão de Adolfo Suárez assumiu o dever e também o risco de fazer as reformas políticas e econômicas que o país precisava, como a legalização do Partido Comunista ou a convocação das primeiras eleições democráticas desde 1936. Comprometido com o objetivo de realizar essas reformas, Adolfo Suárez governou de forma moderada e iniciou o diálogo entre todas as forças políticas. O homem que inventou um futuro para o país foi admirado por políticos de todas as ideologias. Ele morreu em Madri aos 81 anos no dia 23 de março de 2014. Sofreu de Alzheimer desde 2003. No entanto, nem a doença e nem o tempo levaram Suárez ao terreno do esquecimento. Hoje, resgatamos parte da biografia dele e do próprio país.
