A liberdade de imprensa e o exercício do jornalismo na América Latina estão ameaçados pela corrupção de políticos, pelo crime organizado e a guerrilha. Somente no Brasil, já foram assassinados cinco profissionais da imprensa neste ano. O último caso no país, envolvendo o jornalista político e blogueiro Décio Sá - assasinado com seis disparos à queima-roupa no Maranhão -, mobilizou inclusive a Organização das Nações Unidas. O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos pediu ao governo brasileiro que aplique o quanto antes medidas para proteger esta profissão ameaçada, pelo que parece ser, uma tendência inquietante. No México, a jornalista Regina Martínez, correspondente da revista Proceso no estado de Veracruz e que investigava o narcotráfico, foi encontrada morta neste sábado em sua casa. Na Colômbia, o jornalista francês Romeo Langlois foi declarado prisioneiro de guerra pelas FARC, após desparecer no departamento de Caquetá, no sul do país, na sequência de um combate entre tropas do Exército e rebeldes da guerrilha. No continente europeu, que sofre de outros males, o jornalismo se ressente da crise. No caso específico da Espanha, os desafios têm a ver não só com a recessão, mas com a mudança de governo e com a existência de uma monarquia consentida. Michelly Teixeira é quem nos traz elementos para entender como se exerce essa profissão na Espanha, com a ajuda do diretor-adjunto do jornal "El País".
